Em "Filhos da América", Nélida Piñon escreve sobre Machado de Assis e José de Alencar, escritores que considera dois dos principais intérpretes do Brasil na literatura; perfila a atriz Marília Pêra, exalta a escrita de Rachel de Queiroz, saúda a chegada de António Torres à Academia Brasileira de Letras e, entre outros temas, homenageia a amiga Carmen Balcells, que morreu em 2015 e foi agente literária dos maiores escritores da América Latina.Neste que também é um livro sobre memória, Nélida rende tributos à literatura ibero-americana, passeia pela Galiza da sua infância e a que restou na vida dos parentes que com ela vieram para o Brasil, recorda os caminhos que a levaram a escrever livros como A República dos Sonhos, sobre imigração, e Vozes do Deserto, sobre as narrativas árabes, que tem Scherezade como protagonista. Grande contadora de histórias e exímia ouvinte, a autora circula por todos os ambientes, desde as esquinas de seu bairro até os salões mais nobres, recolhendo, da vida e da relação com as pessoas, memórias que transbordam em seguida para a sua escrita. Este livro é, portanto, um registo das suas experiências, da cultura e das pessoas.
Nélida Piñón Boeken
Nélida Piñon verkende het ingewikkelde web van familiedynamiek en culturele identiteit, vaak puttend uit haar eigen erfgoed. Haar schrijven wordt gekenmerkt door diepgaande karakterpsychologie en een rijke, suggestieve stijl die thema's als passie, lot en de immigrantenervaring onderzoekt. Door haar verhalende kunst biedt ze lezers een diepe onderdompeling in de menselijke conditie en de voortdurende zoektocht naar ergens thuishoren. De literaire betekenis van Piñon ligt in haar vermogen om universele menselijke verhalen te verweven met een uitgesproken Braziliaanse gevoeligheid.
